Quase 500 detentos do AC vão fazer provas do Enem para pessoas privadas de liberdade
- 04/12/2024
Exame será aplicado nos dias 10 e 11 de dezembro. Preparação, segundo o Iapen, conta com material didático, vídeos e aulas duas vezes por semana. Número de inscritos para o Enem PPL no Acre chega a 491 detentos Isabelle Nascimento/Iapen-AC Quase 500 detentos do Acre vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para pessoas privadas de liberdade (PPL), segundo dados do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC). As provas serão aplicadas nos dias 10 e 11 de dezembro e 491 presos devem participar. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Em 2023, foram 535 participantes. Para a inscrição, foi preciso que os familiares dos presos levassem RG, CPF e comprovante de escolaridade dos interessados ao Núcleo de Apoio à Família (NAF), situado no Polo Moveleiro, Distrito Industrial, em Rio Branco. Ainda segundo o Iapen, a preparação dos inscritos conta com material didático, vídeos e aulas duas vezes por semana, com apoio da Secretaria de Estado de Educação (SEE-AC). LEIA MAIS: Socioeducando do AC tira 920 pontos na redação do Enem 2023: 'percebi que o estudo transformaria minha vida' Enem 2024: candidatos do Acre apostam em questões climáticas como tema da redação As disciplinas são ministradas de acordo com programa definido pelo Ministério da Educação (MEC). As aulas são ministradas pela escola Fábrica de Asas, localizada no Complexo Penitenciário de Rio Branco. “Nós temos aula duas vezes por semana. Além disso, a gente ganha os livros e materiais pra estudar na cela. Os professores passam a tarefa pra cela também. É muito importante para mim terminar meus estudos aqui dentro, porque lá fora eu parei na terceira série”, explica uma detenta que vai fazer o Enem PPL e deseja cursar Engenharia Civil. Apesar das grades, necessárias por conta do protocolo do sistema prisional, os professores da Fábrica de Asas cumprem um papel essencial na trajetória de quem passa pelas unidades do estado. TJ-AC e Iapen inauguram fábrica de sandálias no presídio de Cruzeiro do Sul É o caso do professor de História, Paulo Mário de Souza Moll. Com a proximidade as provas, o educador explica que as aulas entram em fase de revisão. “A gente faz quiz com perguntas e respostas. E elas levam para a cela, o que a gente chama de atividades indiretas. Essas atividades indiretas, além de textos, têm questões de múltiplas escolhas e, quando elas retornam para a sala de aula, a gente corrige”, conta. VÍDEOS: g1
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